Scar Tissue - Capítulo um

- SeuApelido! Minha pequena, que saudades! – Matt a recebia a irmã com o maior carinho possível.

- Oi Matt. – disse, sendo fria. Aquela cidadezinha não a trazia boas lembranças, e nem iria trazer.

- SeuNome, você está bem? – perguntou, fitando a aparência pálida da menina.

- Estou. Relaxa, ok? Eu só não consigo me sentir bem aqui por enquanto...

- Papai gostava daqui. Então contente-se em saber que ele gostava daqui, e mesmo que não esteja mais aqui, ele iria gostar que você gostasse daqui. – disse mais uma de suas repetitivas frases sem sentido.

- Tá... Vamos logo. – sorriu, vendo a expressão cômica do irmão.

***

A chuva caía devagar lá fora, sem muito barulho, como se fosse uma garoa passageira. E era da mesma forma que estavam as lágrimas da garota. Não havia acontecido nenhuma catástrofe, mas chorar, chorar ás vezes alivia. Chorar por tudo que segurou, chorar pra tentar colocar pra fora tudo o que lhe fazia mal. Era simplesmente chorar...

Virou para o outro lado da cama, secou as lágrimas e pegou o telefone. Discou o número de Kyle. Seu único amigo em Londres, aquele que ela não via há três anos.

- Kyle? – tentou normalizar o tom de voz.

- Alô, SeuNome? – pareceu se entusiasmar.

- Sim, eu... Como vão as coisas por aí?

- Está se sentindo sozinha? Precisa de um ombro amigo? – Kyle suspeitava. SeuNome cometia o erro de só procura-lo quando necessitava um refúgio acessível e fácil.

- Sim... Olha, se não quiser vir, eu enten...

- Estou chegando aí. – desligou.

Kyle tinha sentimentos pela garota. Mas SeuNome nunca o percebeu. Kyle era temido por todos da cidade, tinha ódio por qualquer um, até pela própria família. Menos por ela. Ela o dava conforto... Kyle tinha obsessão por SeuNome... Já havia passado todas as férias em algum lugar do Brasil, e até fora das mesmas ele dava um jeito de vê-la... Mas não era, de forma alguma isso que ela sentia por ele.

***

- SEUNOME! – assustou-se ao ouvir uma voz feminina a chamar, e derrubou seu livro no chão. Quem mais além de Kyle ela conhecia naquela escola? Ah... Louise. – Não lembra de mim? Nossa... Três anos foram tantos assim?

- Claro que lembro... Como vai, Louise?

- Por que está tão tímida comigo? E as novidades? Conseguiu fisgar aquele garoto que...

- Ele jamais iria esperar três anos por mim... E eu... – sentiu uma sensação irreconhecível, algo prazeroso, e viciante... Procurou de onde vinha, mas quando caiu em si, percebeu que seus olhos estavam concentrados em um rapaz de cabelos castanhos e olhos cor de esmeralda, e a expressão do rapaz parecia ser análoga.

Desviou o olhar. Era baboseira, não poderia vir dali...

- E você o que? – Louise perguntou.

- Nada. Você cresceu! Três anos fizeram diferença...

- Não me diga! E você tá com um corpão hein... Coitados dos britânicos... – riu.

- E o chocolate? – não desperdiçou a chance de fazer uma piadinha antiga com a amiga, riu fraco.

- Estou de dieta, dá licença? – riu fraco também.

O sinal tocou.

***

- Escuta aqui... – Kyle empurrava Harry sobre a parede – Se você continuar a encarar a minha menina assim, a gente vai se ver e...

- Vai se foder, Lewis! – Styles empurrou-o até que ele parasse no chão – Você não sabe minha história e nem do que eu sou capaz... E além do mais eu só a olhei, aquela garota não tem nada que me atrai... Acho melhor ficar longe do meu caminho, senão vai ver quem manda nisso tudo. – virou-se e caminhou até sua mesa, sem se importar. Aquela garota realmente não tinha nada de mais.

- Hm... Styles pagando de valentão... Eu gosto assim. – Drake riu, avistando o amigo sentar-se á sua frente, e voltou a configurar sua câmera.

- Aquele cara provocou...

- Bem que você queria tirar uma casquinha dele, né? Hm... – Luke não perdia a chance de caçoar com o amigo.

- Não é porque você é gay que eu tenho que ser também... – deu o troco, rindo.

- Tá, a gente pode resolver isso, gatão. – Luke entrou na onda, fazendo voz de gay, depois rindo outra vez.

       Drake curioso, perguntou:

- Mas por que ele foi te empurrar contra a parede?

- Porque segundo ele, eu estava “olhando para a garota dele” – fez aspas, indicando que o que ele houvera feito fora uma hipérbole.

- Esse Kyle é o cara mais terrorista da escola, se eu fosse você, tomava cuidado...

- Cuidado? Ninguém aqui sabe a minha história. Cuidado não existe no meu vocabulário. As pessoas que tem que ter cuidado comigo...

- Nossa, que exagero... Tô morrendo de medo... – riu.

- A culpa não é minha se realmente ninguém sabe de onde eu vim...

***

Lá vem um homeeem macaacooo correndo atrás de miiiiiiiim ♪♫ gente, quem conhece essa música que fizeram sobre o jogo Minecraft? - risos - bom, esse capítulo foi curtinho, o próximo eu vou tentar aumentar. Comentem aí, inclusive estou aceitando hugs por fingir estar feliz quando minha vida está uma porcaria. Mas é hora de ligar o botão do foda-se. Hu3hu3uh3u, Ella má.

Escrevi ouvindo: Blonde - Bridgit Mendler
Continuo com 1 comentário. Não é difícil dizer o que achou, ou é? ;)




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