“A princípio foi esse olhar um simples
encontro; mas, dentro de alguns instantes, era alguma coisa mais. Era a
primeira revelação, tácita mas consciente, do sentimento que os ligava. Nenhum
deles procurara esse contato de suas almas, mas nenhum fugiu. O que eles
disseram um ao outro, com os simples olhos, não se escreve no papel, não se
pode repetir ao ouvido; confissão misteriosa e secreta, feita de um a outro
coração, que só ao céu cabia ouvir, porque não eram vozes da terra, nem para a
terra as diziam eles. As mãos, de impulso próprio, uniram-se como os olhares;
nenhuma vergonha, nenhum receio, nenhuma consideração deteve essa fusão de duas
criaturas nascidas para formar uma existência única."
Machado de Assis – Helena
Machado de Assis – Helena
A
garota se revirava na cama sem conseguir dormir, talvez por estar ávida para o
dia seguinte, para entender o porquê da violência de Liam para defendê-la. E
também para entender o motivo de Adam para ser tão ríspido e tratá-la daquela
forma. Adam era um desconhecido. Não só ávida por isso, a garota estava ávida
para saber mais detalhes sobre a confusão na sala de Romanini que a escola
inteira comentava. Não só ávida para isso, mas igualmente ávida para saber se o
corpo de Adam tem seqüelas aparentes, ou
se ao menos ele está vivo. E também, estupidamente ávida para saber os
motivos do mandato de Abbie para prejudicá-la. Abbie, porque tão crápula? Qual
o motivo daquela aversão contra SeuNome? Resumindo: a madrugada da garota se
resumia em pura avidez.
Ao soar do despertador
branco, a menina pula da cama, assustada por passar noite em claro. Levanta-se
e vai em direção á cozinha, pega algum iogurte e bebe, enquanto vê seu pai
vestir o uniforme do emprego. Sobe as escadas rumo ao banheiro, toma um banho
fervendo, porque em Londres fazia um frio ainda desconhecido para a garota.
Quando termina de se
arrumar, passa um corretivo de leve para suavizar as olheiras perceptíveis e um
delineador. Um gloss claro e um pouco de pó compacto. Uns brincos discretos de
brilhantes que sua mãe a dera quando mais jovem, o que a fez ficar com os olhos
marejados – mas ainda assim não chorar para não borrar a maquiagem -. Colocou
uma sapatilha que condissesse com a roupa e desceu as escadas, aguardando o pai
que a prometeu levar hoje.
Ao chegar naquela imensa
escola, decidiu respirar fundo antes de entrar e ver Zoe, Andrew, Matt e Amber
virem. Sente a brisa fria bater sobre o rosto que se encontrava mais
esbranquiçado do que o comum graças á temperatura, coloca as mãos no bolso e um
lado do fone, passa pelo estacionamento em uma tentativa de entrar pela última
porta, a qual ela não costumava usar, e encontra Liam encostado em seu carro.
Respira fundo e aperta o passo, ávida para sair da frente dele. – mesmo
querendo saber o porquê ele a defendeu –
Ao chegar ao centro do
colégio, achou estranho porque Matt, Zoe, Andrew e Amber não vieram correndo
para cima da garota, somente Lauren. A primeira garota que se aproximou dela no
primeiro dia de aula.
– Bom dia – Lauren sorri
e retira os fones de ouvido.
– Bom dia – SeuNome força
um sorriso e corre para seu armário.
– Seu armário é o 306? O
meu é o 307! Porque será que nunca te vi?
– Deve ser porque existem
mais de mil alunos aqui – sorriu delicadamente e destrancou o armário,
retirando o livro de biologia e história.
– Pelo visto você não vai
com a minha cara, queria te falar, que ás vezes as pessoas querem ser gentis, e
só porque eu faço parte do grupo das lideres de torcida não significa que eu
seja igual a Alicia – Lauren diz, bate a porta do armário e coloca novamente os
fones, saindo.
SeuNome se sente mal por tratar a garota dessa forma, corre
para a sala de aula, e ao entrar é recebida por Zoe.
– ZOE? ZOE WANGOG? A
GÓTICA? – SeuNome pergunta assustada ao fitar a amiga completamente diferente
do comum.
Ela não estava com as
roupas assustadoras, estava com uma roupa delicada. Não estava com botas pretas
ou algo assim, estava com sapatilha rosa. Não estava com batom preto, estava
com um batom rosa e delicado. Não estava com a maquiagem pesada, estava com uma
marrom bem leve com um branco. E as mechas coloridas sumiram. E a coisa mais
assustadora: ELA ESTAVA OUVINDO BEYONCÉ. Cadê Evanescence, Kiss, Linkin Park?
– Parece que nunca me
viu! Eu só dei uma passadinha na casa da Alicia, e da Abbie também.
– Olha, prometa pra mim
que amanhã você vai vir pra cá parecendo aquele mostro? Com Evanescence, Kiss, e morrer de raiva quando Andrew te falar o verdadeiro
significado. Se lembra? Cavaleiros
enviados em saudação ao satanás. Pode traduzir, quer que eu traduza?
– Ai garota, acho melhor
eu ir sentar rápido porque quero que o tempo passe rápido. Preciso me inscrever
par ao teste de líderes de torcida essa sexta-feira.
SeuNome vai para o seu
lugar inconformada. E tudo aquilo é esquecido quando ela leva um choque, uma
coisa tão boa e confortante... E ao virar o rosto, percebe que as mãos dela
estavam entrelaçadas
com a de Liam Payne.
– Prometa... – o garoto
fala com a respiração ofegante e baixinho – Prometa que não vai soltar? – ele
coloca a outra mão por cima, deixando a mão da garota presa.
A menina ainda estava
assustada á tamanho conforto, á tamanho... Não tem como denominar. Suas pernas
ficaram bambas, o estômago pareceu ter um milhão de borboletas, e os olhos
dele, foram como uma prisão.
Exatamente como no
primeiro dia de aula. Uma prisão irresistível.
– Não solte. – o garoto
pede – Deixe-me sentir essa energia, por favor, é o que eu mais preciso. Tenho
certeza que deve achar que eu sou um louco, um psicopata e que você não está
sentindo nada. Mas você não sabe minhas razões pra isso, você não sabe minha
espécie, não o que... eu sinto – o garoto fala tão rápido, e desiste, sabendo
que vai parecer mais idiota ainda. Engole seco.
O menino se prepara para
uma bronca, mais ainda com as mãos daquele jeito, ele vê que a garota não se
move, permanece atônita, olhando no fundo de seus olhos. E então ele faz o
mesmo, e é como se o mundo ao redor não existisse. Era como um renascer
milagroso, uma coisa que renovava por dentro. Que deixava Liam longe das
energias ruins que o rondavam, que o deixava sem tristeza. Igualmente com a
garota.
– Então... – a garota
finalmente consegue falar – É realmente verdade isso que acontece nos filmes?
– Não, é que eu... – ele
para de falar – Você não pode saber. Só não solte.
Eles poderiam continuar
assim para o resto do dia, se não
fossem interrompidos imediatamente pelo sinal de biologia.
– PAYNE, VÁ JÁ PARA O SEU
LUGAR – professora Alicha obriga.
Oi divônicas, tudo bem com vocês? Queria falar que vocês são muito fodas e que eu queria agradecer á todas que comentam porque isso me dá um estimulo á mais. E aí, será que agora o Liam vai se declarar? Se bem que ele não sabe que á ama. É uma coisa diferente. E o que vocês acham que ele fez? Vocês o acham cruel? Eita mistura de sentimentos, né? Em breve vai ficar tudo esclarecido. I LOVE YOU ALL :)xContinuo com +1 comentário
Contiinuaaa por favor....to viciada 0.o
ResponderExcluirtah ficando interessante.. ;)
Awnnnnn lógico que continuo, assim que der pra escrever :)x
Excluircaramba essa fic esta mt boa, continuaaa... só n entendi mt a mudança de Zoe...
ResponderExcluirxxNatália
Awn lógico que continuo! A mudança da Zoe será justificada melhor no próximo capítulo.
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