Um amor de verão - Cap - 25 / Fim da 1ª temporada

2 de fev. de 2014 | | |
        

  Ligo para Liam e peço pra que ele mande alguns seguranças no aeroporto, nunca se sabe o que me espera. Mas eu não vou desistir da (Seu Nome), sei que ela me ama, só está nervosa pelo simples fato de ter sido tudo muito recente, mas quando isso passar eu sei que ela voltará pra mim, ou pelo menos espero.

1 ano depois...


Clara P.O.Vs

     Já faz algum tempo desde que Zayn foi embora e eu sinto tanto sua falta. Meu pai já saiu do hospital e agora está em casa, mas ele não pode fazer muito esforço portanto eu estou cuidando das coisas por aqui, a mais ou menos três meses tivemos a notícia de que seu câncer parou de se espalhar, e isso é ótimo! Termino de esfriar o chá de erva-doce que meu pai tanto ama e coloco na bandeja junto com algumas torradas para levar até seu quarto. A chuva cai forte lá fora e o dia está mais triste do que nunca, todo domingo é assim mais hoje está pior.


    Bato na porta pra ter certeza de que posso entrar mais não obtenho resposta, então bato mais uma vez e chamo por ele:

Clara: Pai? Posso entrar?

    Meu coração gela sem a sua resposta, talvez ele esteja só dormindo em um sono pesado, ou talvez eu não queira pensar que aconteceu o pior, não por favor não.  Puxo a maçaneta da porta e o que eu mais temia aconteceu.

Clara: Pai! -grito-

    Grito por seu nome derrubando a bandeja com as torradas e o chá no chão e correndo até a cama, seus olhos estão fechados e de sua boca escorre uma espécie de espuma branca.  Cai do seu lado sobre a cama beijando seu rosto e implorando pra que aquilo fosse mentira.

Clara: Pai, paizinho. Fica comigo papai, por favor não me deixa, eu só tenho você. -falo aos soluços- Eu vou chamar ajuda, o senhor não morreu, vou conseguir ajuda. 

                     

    Saio correndo no meio da chuva em direção a casa de dona Rosa, o marido dela tem um carro e pode ajudar a levar meu pai, não consigo conter as lágrimas que caem dos meus olhos e o desespero que percorre minhas veias[...]

     Seu José levou meu pai ao pronto socorro mais próximo, até agora não tive notícias dele. Queria que Zayn estivesse aqui comigo, mais não está, levanto-me e caminho até o banheiro, meu cabelo está encharcado pela chuva que tomei enquanto corria mais não me importo. Entro no banheiro e quando me olho no espelho não consigo mais segurar o choro.


                 

     Se algo acontecer à meu pai não sei o que eu faria, talvez me mataria pra poder encontrá-lo, ou viveria uma vida solitária na fazenda e passaria o resto da vida assim até morrer de depressão. Tiro meu casaco e torço na pia pra tirar o excesso de água, melhor eu voltar a recepção, podem ter notícias de meu pai. Caminho pelo corredor e no momento em que entro na recepção vejo o médico chegando, corro até ele e pergunto:

Clara: E então doutor? Como está meu pai?
Médico: Eu sinto muito, fizemos de tudo mas... Ele não resistiu.
Clara: O quê? Não, não!


   Falo já chorando feito uma criança, caio no chão do hospital pois não sinto minhas pernas sustentando meu corpo.


 Isso não é verdade isso não pode ser verdade. Corro para fora do hospital, saio no meio da chuva para ver se tenho a sorte de ser atropelada por uma carreta, mas não. Sento embaixo daquela árvore que vocês já conhecem e digo pra mim mesma que não é verdade e que logo acordarei desse pesadelo.

1 dia depois...

   Não foi pesadelo, e muito menos um sonho. Agora eu sei que não, mas isso não me obriga a aceitar o que aconteceu, estou sozinha agora, sozinha!

Xx: Sinto muito pelo o que aconteceu com seu pai Clara, é realmente muito triste, se precisar de alguma coisa estou aqui. -disse dona Rosa-
Clara: Obrigada Dona Rosa. -sorri forçado-

   Aqui na igreja estão todos reunidos, amigos meus e de meu pai juntos para o seu velório, o nó em minha garganta insiste em desatar mais preciso mais do que nunca ser forte, pelo menos hoje. O que pretendo fazer depois dessa homenagem ao meu pai acabará com toda minha tristeza.

                                                                    [...]

    Ver meu pai naquele caixão, sem vida, sem cor, foi o pior momento da minha vida, espero te encontrar agora papai, minha vida perdeu o brilho quando Zayn foi embora, e agora perdeu o sentido quando você partiu e me deixou, não tenho razão pra continuar nesse mundo. Subo as escadas em direção ao que era seu quarto e entro deixando a porta aberta para que encontrem meu corpo mais fácil.

     Abro seu guarda-roupas e abaixo-me para pegar sua caixa. Jogo tudo que tem dentro dela em cima da cama e vejo o que estava procurando, o revólver de meu pai, e ainda está carregado. Pego-a apertando os dedos com força e levando a cabeça, fecho os olhos e lágrimas insistem em escorrer vagarosamente por meus olhos. Sussurro para mim mesma:

Clara: Adeus mundo.

     Coloco o dedo no gatilho e no momento em que vou apertá-lo ouço uma voz conhecida me gritar:

Xx: Clara não!

    Abri os olhos e era Zayn, joguei a arma no chão e ele correu me abraçando, desabei chorando mais ainda, sentir seu corpo colado ao meu, esse sentimento de proteção e que nada pode me fazer mal se estiver com ele está percorrendo dentro de mim. Ele usava terno e estava lindo.

                                         

Zayn: Está tudo bem, vai ficar tudo bem. -falou acariciando minhas costas-
Clara: Ele morreu Zayn, ele se foi. Estou sozinha!
Zayn: Você nunca vai ficar sozinha, eu estou aqui, não se preocupe. Eu te amo.

Fim da 1ª temporada

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